Centrais confirmam ato unitário para 9 de abril. Em São Paulo

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O movimento sindical fará um grande ato unitário, em São Paulo, dia 9 de abril. A definição do dia e cidade saiu ontem de reunião entre CUT, Força, UGT, Nova Central, CTB e CGTB, na sede nacional da UGT, bairro Bela Vista. Foi a segunda reunião do ano entre as Centrais. A anterior havia sido dia 15, na CUT.

Pauta – Antes da manifestação na capital paulista, as Centrais Sindicais realizarão atos em todos os Estados, para massificar a Pauta Trabalhista e agrupar os trabalhadores em torno de um projeto nacional de desenvolvimento com justiça social, tomando por base o que foi definido na Conclat 2010, no estádio do Pacaembu.

Entre os itens da Pauta estão redução da jornada para 40 horas; fim do Fator Previdenciário; combate ao PL 4.330, que libera as terceirizações; garantia de empregos contra demissões imotivadas. No documento, a ser levado aos candidatos e divulgado para a sociedade, as Centrais vão reforçar o combate à elevação dos juros e cobrar crescimento mais contínuo da economia.

Juruna – João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, afirma: “As Centrais, apoiadas pelo Dieese, vão produzir um documento unitário, com propostas e reivindicações. O documento será entregue aos candidatos a presidente, de todos os partidos”. Para Juruna, “a Pauta Trabalhista tem autonomia frente a eleições e candidaturas”.

Dilma – O encontro de ontem (27) reafirmou que será solicitado encontro com a presidente Dilma, cujo agendamento está a cargo da CUT. O sindicalismo reclama da falta de diálogo por parte do governo federal.

Copa – As Centrais debateram a Copa do Mundo, com o ponto de vista de que o evento favorece o País. Juruna comenta: “As obras geraram emprego e o próprio evento também abrirá vagas. Combater a Copa, agora, não é oportuno”. Ele ressalva que as reivindicações por melhorias na Saúde e Educação são apoiadas pelo conjunto do sindicalismo. “São questões ligadas à cidadania efetiva”, ele afirma.

Magistrados trabalhistas contra contrato de curta duração

A Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da Segunda Região criticou o chamado contrato de trabalho de curta duração, previsto para vigorar na Copa do Mundo. “Contratação sem formalização viola o princípio de proteção fundamental no direito do trabalho e a dignidade da pessoa, pois permite a existência de um coletivo de trabalhadores com menos direitos”, afirma a juíza Valéria Sanchez.

Precarização – A proposta, gestada nos ministérios do Trabalho e do Turismo, autoriza contratação por até 14 dias num mês e 60 dias num ano, sem assinar a Carteira de Trabalho.