Livro mostra como o mercado de trabalho violento, incoerente e com maior ocupação do tempo leva os trabalhadores ao adoecimento psíquico.
Mercado
Mercado de trabalho impõe sofrimento aos trabalhadores e atua de forma incoerente ao exigir experiência e não remunerar a mesma.
Desde o começo da vida ativa do trabalhador, o trabalho aparece como um sofrimento. Seja quando a pessoa passa por um processo seletivo ou precisa buscar o trabalho muito nova para conseguir ajudar em casa, ele aparece como uma imposição, como uma violência. Esse é o primeiro diagnóstico sobre o mercado de trabalho destacado pela relações públicas Thatiana Cappellano, co-autora do livro Trabalho e Sofrimento Psíquico às Histórias que Contam essa História, em entrevista aos jornalistas Glauco Faria e Nahama Nunes, para a Rádio Brasil Atual. A pesquisa entrevistou 80 trabalhadores de vários níveis e setores e revela que o sofrimento psíquico no mercado de trabalho independe do nível hierárquico e pesa mais sobre os trabalhadores informais.
Entre os achados, a autora destaca como a incoerência do mercado de trabalho sobre as exigências de currículo e o salário pago pelo trabalho abalam os trabalhadores. O mercado exige pessoas bem formadas quando, em princípio, ele não remunera por essa formação. Os trabalhadores informais têm uma renda menor e não tem como investir em sua própria formação. Eles entram em um ciclo que o próprio mercado faz com que eles permaneçam nessa situação. E o mercado fica exigindo qualificação. Mas, do outro lado, quem tem qualificação não consegue emprego porque o mercado diz que ele é caro demais, comentou…
Fonte: Rede Brasil Atual – RBA