Em março, cerca de dois terços (60,2% ou 114) das negociações coletivas entre trabalhadores e empresas resultaram em ajustes salariais abaixo da inflação acumulada em 12 meses, que foi de 11,1%, de acordo com o INPC. Há um ano, a parcela de negociações com perdas salariais foi três vezes menor, ficou em 21,7%. Os dados são do “Salariômetro”, estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Ecomômicas (Fipe) divulgado mensalmente. A mediana dos ajustes salariais com vigência em março foi de 11%. Desde julho do ano passado, a mediana dos ajustes aplicados a cada mês tem ficado igual ou abaixo da inflação acumulada até o período.
— Nos últimos meses vem crescendo os casos em que o trabalhador não consegue a reposição da inflação. A recessão está quebrando a indexação salarial — analisa Hélio Zylberstajn, coordenador do estudo e professor da USP.
Fonte: O Globo.